
A Federação Paranaense de Futebol (FPF) quer reabrir na Justiça, os estádios de futebol de Curitiba e Londrina
e poder retomar o Estadual. Na última quarta-feira, a entidade apresentou mandados judiciais nas duas cidades para que o veto definido pelos prefeitos seja considerado nulo. A FPF tenta liberar o Estádio do Café, em Londrina, a Arena da Baixada, o Couto Pereira e Vila Capanema, em Curitiba.
O Paranaense está sendo realizado apenas em cidades que não se colocaram contra os jogos em meio ao agravamento da pandemia de coronavírus. Das 18 partidas das três rodadas previstas até agora, apenas quatro jogos da primeira rodada e um da segunda foram realizados até agora. Entre eles, Londrina x Maringá, nesta quarta-feira, foi na cidade de Arapongas, em razão do veto.
O mandado foi encaminhado na quinta-feira. Em Londrina está sob avaliação. Em Curitiba, a assessoria da prefeitura informou que não foi intimada.
A FPF argumenta que ambos os municípios não retornaram os pedidos de retomada dos jogos após o fim do decreto estadual, no último dia 8 de março. O governo do Paraná flexibilizou as primeiras medidas, com a reabertura do comércio e outras atividades consideradas não essenciais. No entanto, manteve o toque de recolher a partir das 20 horas e limitações nos fins de semana.
Além de Curitiba e Londrina, Cascavel, Maringá e Ponta Grossa também vetaram a realização dos jogos. A última ocorreu nesta quinta-feira logo depois que a FPF anunciou Operário-PR x Coritiba para o próximo sábado, em Ponta Grossa. A cidade se posicionou contra logo em seguida e pediu a suspensão também em razão do colapso no sistema de saúde.
– Ainda não é hora de voltarmos à vida normal, porque não há normalidade. Estamos em uma situação de exceção, disse a prefeita Elizabeth Silveira Schmid
A FPF ainda argumenta que os jogos são seguros e que seguem rígidos protocolos de segurança. Segundo ela houve a realização de um total de 6.114 mil testes em 2020 nas três divisões do futebol paranaense. Também alega que o Governo do Estado não colocou barreira para a realização dos jogos. No entanto, deixou para os municípios definirem a realização ou não.
A entidade ainda critica a condução das cidades no combate à pandemia de coronavírus.
– Com todo o respeito, caso a Prefeitura de Londrina tivesse adotado os mesmos protocolos aplicados pela impetrante, especialmente a testagem em massa, minimamente não haveria o colapso no sistema de saúde que vem sendo noticiado.