A Polícia Civil do Paraná está investigando o assassinato brutal da professora Fabiane Osmundo de Souza Campana, de 41 anos, morta com mais de 30 facadas na noite de quarta-feira (24), dentro de sua residência no Jardim Panorama, em Sarandi, no Norte do estado. O principal suspeito do crime é o ex-companheiro da vítima, Robson Aparecido Campana, de 43 anos, que foi preso horas após o crime e confessou o homicídio.

Segundo informações da polícia, Fabiane foi atacada dentro de casa na frente do filho do casal, de apenas 5 anos. Após o crime, Robson fugiu, mas foi localizado e preso ainda na madrugada, na casa de um familiar. Em depoimento, ele alegou ter cometido o crime por “dignidade”, após supostamente ter descoberto uma traição. “Ela me traiu e confessou pessoalmente para mim. Eu matei ela por causa da minha dignidade. Não sou arrependido porque ela traiu”, afirmou o suspeito.

O crime está sendo tratado como feminicídio, agravado por ter sido cometido na presença de uma criança e por descumprimento de medida protetiva. Fabiane possuía uma ordem judicial contra o ex-companheiro, que, de acordo com moradores da região, já havia sido desrespeitada diversas vezes por Robson, que continuava rondando a casa da vítima.

De acordo com a Polícia Civil, o histórico de violência e o desrespeito às decisões judiciais estão sendo analisados no inquérito, que deve ser concluído nos próximos dias. A Delegacia da Mulher também acompanha o caso, que se soma a outros casos de feminicídio registrados no Paraná neste ano.

Fabiane era professora no município de Marialva, e Robson se identificava como pastor evangélico. O caso gerou comoção na comunidade local e reacendeu o debate sobre a eficácia das medidas protetivas e a necessidade de políticas públicas mais eficazes no combate à violência contra a mulher.

A polícia segue colhendo depoimentos de testemunhas e analisando elementos periciais que possam reforçar a investigação. O filho da vítima está sob cuidados de familiares, e a assistência social do município foi acionada para prestar suporte psicológico à criança. O caso continua em investigação.