A partir de denúncias realizadas junto à Polícia Civil do Paraná (PCPR), o 02º Distrito Policial de Ponta Grossa, sob titularidade do Delegado Derick Moura Jorge, apurou que um homem, de 37 anos, em conluio com a sua esposa, de 41 anos de idade, aproveitando-se da sua qualidade de síndico, apropriou-se indevidamente de cerca de R$ 500 mil que seriam destinados ao pagamento das despesas de água, luz e verbas trabalhistas relativas a um condomínio, que possui aproximadamente 240 unidades habitacionais, situado na região bairro Uvaranas, em Ponta Grossa.
Segundo a Polícia, foi representado pelo acesso a toda movimentação financeira do condomínio relativa ao período em que o investigado figurou como síndico, de forma a se verificar qual o montante total desviado, sendo tal pleito deferido e os documentos apresentados pelas instituições bancárias e financeiras. Os documentos revelaram que entre os anos de 2018 e 2023, o investigado, de forma progressiva, transferia de forma injustificada valores das contas bancárias do condomínio para as suas contas pessoais e de sua esposa, ou seja, no início as transferências eram de valores pequenos, passando a aumentar ao longo dos anos.
Além disso, foram juntados aos autos os documentos tidos como relevantes para a compreensão do feito, dentre os quais se destacam os demonstrativos relativos às dívidas existentes face ao condomínio, as quais totalizaram um montante de cerca de R$ 900 mil. Assim, verificou-se que o desvio de quase meio milhão de reais efetuado pelos investigados resultou em diversas dívidas condominiais que se aproximam do montante de R$ 1 milhão.
A polícia verificou que os investigados passaram a ameaçar de morte as possíveis testemunhas do caso, mediante o envio de mensagens de áudio e texto.
O Inquérito Policial relativo ao caso foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público local, que prontamente ofereceu denúncia contra os investigados pelos crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança e pelo concurso de agentes, cometidos 230 vezes, bem como por coação no curso do processo. A polícia informou ainda que os investigados encontram-se com as suas contas bancárias e bens bloqueados com o intuito de reparar o dano ocasionado pelas suas condutas.