A Defesa Civil de São Paulo, em uma ação coordenada pela Polícia Militar Ambiental, iniciou uma operação emergencial para retirada de peixes mortos no Rio Piracicaba, interior paulista, devido ao descarte irregular de resíduos poluentes. As prefeituras de Piracicaba e São Pedro estão colaborando ativamente na operação.

A intervenção, que conta com maquinários da prefeitura e barcos da Polícia Ambiental, além do uso de drones para mapeamento eficiente, visa mitigar os impactos ambientais na região. O Comando de Aviação da Polícia Militar realizou sobrevoos para identificar os pontos críticos de concentração de cardumes mortos.

A tragédia ambiental foi causada pelo despejo de resíduos poluidores, resultando na morte de aproximadamente 235 mil peixes, conforme relatório da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB). A Usina São José S/A Açúcar e Álcool foi multada em R$18 milhões pela CETESB devido ao lançamento inadequado de efluentes no rio.

Segundo o relatório técnico, a carga poluidora despejada causou um déficit crítico de oxigênio dissolvido na água, inviabilizando a vida aquática e alterando drasticamente as condições do ambiente fluvial.

Em resposta às acusações, a Usina São José S/A emitiu uma nota esclarecendo que está cooperando com as autoridades e avaliando os detalhes do relatório da CETESB. A empresa contesta o nexo causal direto entre suas operações e o desastre ambiental, mencionando questões técnicas e alegando que suas atividades estavam suspensas desde 2020, sendo retomadas apenas em maio de 2024.

A situação mobilizou não apenas autoridades e órgãos ambientais, mas também voluntários, incluindo pescadores locais e agentes municipais, na complexa operação de limpeza e recuperação do ecossistema afetado. A investigação prossegue para determinar as responsabilidades e prevenir futuros incidentes de impacto ambiental na região.