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MP investiga prefeitura da região por gasto de quase R$ 1 milhão em festival gospel

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A destinação de R$ 990 mil em recursos municipais para o festival “Fé Ponta Grossa”, marcado para os dias 13, 14 e 15 de setembro no Centro de Eventos, colocou a Prefeitura de Ponta Grossa sob investigação do Ministério Público.

O evento prevê a contratação de artistas exclusivamente ligados ao segmento evangélico gospel. Entre eles estão o Grupo 3 Palavrinhas (R$ 100 mil), Preto no Branco (R$ 170 mil), Leandro Borges (R$ 160 mil), Morada (R$ 220 mil), Theo Rubia (R$ 140 mil) e Isaías Saad (R$ 200 mil).

A concentração dos contratos em apenas um gênero musical religioso gerou questionamentos sobre a aplicação de verbas públicas e o respeito ao princípio da laicidade do Estado.

A 12ª Promotoria de Justiça de Ponta Grossa, por meio do promotor Márcio Pinheiro Dantas Motta, instaurou procedimento a partir de uma denúncia anônima. No despacho, datado de 27 de agosto, a Prefeitura foi intimada a esclarecer os critérios das contratações e a origem dos recursos, com prazo de resposta até 10 de setembro.

A gestão municipal sustenta que os pagamentos foram realizados antes da publicação do Decreto nº 25.410/2025, que estabeleceu cortes de gastos. Segundo nota enviada ao Portal Mareli Martins, o restante das despesas será bancado com recursos estaduais oriundos de emendas parlamentares. A Prefeitura também afirmou que todos os processos tiveram parecer jurídico favorável.

Em defesa do evento, a administração diz que o “Fé Ponta Grossa” não privilegia uma única religião e que a proposta é promover “diversidade cultural e comunitária”. No entanto, até agora todos os nomes confirmados pertencem exclusivamente ao cenário evangélico, o que suscita dúvidas sobre a efetiva pluralidade religiosa do festival.

O episódio ganhou ainda mais repercussão diante do cancelamento da EFAPI (Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Ponta Grossa), tradicional vitrine da economia regional. A justificativa oficial foi de ordem orçamentária, mas a decisão levantou críticas sobre prioridades da gestão: enquanto o evento agroindustrial foi suspenso, quase um milhão de reais foram alocados em shows religiosos.

O Ministério Público aguarda a manifestação da Prefeitura para decidir os próximos passos do caso.

Veja a nota completa da Prefeitura de Ponta Grossa

“A Prefeitura Municipal de Ponta Grossa esclarece que, em relação ao evento “Fé Ponta Grossa”, todos os gastos realizados diretamente pelo Município ocorreram anteriormente à publicação do Decreto nº 25.410/2025, que estabeleceu medidas de contenção de despesas.

Os demais custos da festividade serão integralmente custeados com recursos estaduais, provenientes de emendas parlamentares e operacionalizados por meio da Secretaria de Estado do Turismo (SETU) e entidades por ela conveniadas. Ressalta-se que toda e qualquer contratação municipal está sujeita a parecer jurídico prévio e obrigatório, sendo que, na hipótese de irregularidade, o parecer é contrário, o que não ocorreu no presente caso, garantindo assim a legalidade dos atos praticados.

Importa destacar, ainda, que o “Fé Ponta Grossa” não se destina a um grupo religioso específico, mas constitui-se como um evento aberto, voltado à integração das diversas religiões e à promoção da diversidade cultural e comunitária, em conformidade com os princípios da impessoalidade e da laicidade do Estado.

No que se refere à EFAPI, o seu cancelamento decorreu de decisão de gestão administrativa, pautada em aspectos orçamentários, logísticos e estratégicos distintos, não havendo relação direta entre os dois eventos.

Por fim, a Prefeitura confirma ter sido comunicada acerca de procedimento instaurado junto ao Ministério Público e informa que todas as informações solicitadas estão sendo prestadas de maneira transparente e colaborativa.

Assim, reafirma que o evento “Fé Ponta Grossa” está sendo realizado com observância à legislação vigente, com apoio de recursos estaduais e voltado ao interesse coletivo da população”.

Com informações via Blog da Mareli

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