A Prefeitura de Carmo do Rio Claro, localizada no Sul de Minas, implementou um decreto que restringe a reprodução de músicas de funk nas escolas municipais. Felipe Carielo (PSD), prefeito da cidade, justifica a medida alegando que as letras dessas canções são inadequadas para o ambiente escolar.
O decreto, publicado na segunda-feira (6), está em vigor para todas as escolas municipais de Carmo do Rio Claro. A decisão, no entanto, gerou controvérsia. A advogada Maria Alice Almeira Pereira considera que tal proibição é inconstitucional, apontando para possíveis violações de direitos.
“Percebi nessas minhas visitas às escolas que tem músicas do estilo funk. E uma delas me chamou a atenção. Porque obviamente que os professores, os diretores, têm uma certa preocupação com relação às músicas e as letras que são tocadas. Mas algumas músicas de duplo sentido estavam sim sendo tocadas. É uma música que não deveria passar nem perto da escola e ela estava sendo tocada no ambiente escolar”, explicou o chefe do executivo municipal.
Ainda segundo ele, para que o estudante não se acostume a consumir o gênero musical, decidiu “cortar pela raiz”.
“Porque o grupo escolar, as pessoas que estavam ali não perceberam que, com certeza, o aluno em algum momento vai querer ouvir essa música e pode ser que ele ouça só o refrão num corte na internet ou pode ser que ele ache o clipe dela. E aí ele vai estar acostumado a consumir esse tipo de conteúdo que não é apropriado. Por isso a gente resolveu ‘cortar pela raiz’ e não permitir que o funk tocasse em escolas”, complementou.
