Em uma das edições desta semana, o Diário Oficial de Ponta Grossa trouxe uma “novidade de peso”: um edital estimado em R$ 96,53 milhões para contratar uma empresa encarregada de todo o processo da merenda escolar da rede municipal. A proposta abrangia desde a compra dos ingredientes até o preparo, a entrega, a supervisão e até a manutenção dos equipamentos usados nas cozinhas.

A publicação repercutiu imediatamente, levantando debates sobre o impacto da medida no trabalho dos servidores que já atuam na área. Diante da repercussão, a Prefeitura divulgou uma nota na quarta-feira (13), afirmando que o projeto “prevê a ampliação do número de equipes e dos serviços oferecidos, não prevendo qualquer dispensa ou alteração de função para os servidores que integram o quadro da Secretaria Municipal de Educação”.

Mesmo com a tentativa de esclarecer, o anúncio não convenceu parte da comunidade escolar e dos servidores, e a polêmica ganhou força. Três dias após a divulgação do edital, na sexta-feira (15), a gestão municipal voltou atrás e suspendeu o certame.

Em comunicado oficial, a Prefeitura informou que o Pregão Eletrônico nº 86/2025 foi interrompido temporariamente para ajustes técnicos e também para ampliar o prazo de participação, “visando assegurar maior competitividade entre as empresas interessadas”.

O Executivo garantiu ainda que, depois das adequações, o edital será republicado com um novo cronograma para a sequência do processo.