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O músico Luigi Di Sarno, de 52 anos, morreu na última semana após comer um sanduíche de brócolis com linguiça na Itália.
De acordo com a família, ele chegou a procurar atendimento médico, mas recebeu alta mesmo apresentando sintomas característicos de intoxicação alimentar.
Pouco depois, no entanto, caiu de joelhos no meio da rua, já sem forças, e morreu antes de receber socorro adequado.
Além dele, Tamara D’Acunto, de 45 anos, também faleceu após consumir o mesmo lanche vendido por um food truck local.
Outras 14 pessoas, incluindo dois adolescentes, foram internadas com sintomas surgidos entre 24 e 48 horas após a refeição contaminada.
O caso ocorreu na cidade de Diamante, na região da Calábria, no sul da Itália, e causou ampla comoção nacional.
Diante das mortes, as autoridades italianas determinaram o recolhimento dos pães industrializados e a apreensão do food truck envolvido.
Conforme as investigações, a principal suspeita é de botulismo, uma intoxicação rara, grave e geralmente associada a alimentos mal conservados.
Entre os investigados estão o proprietário do food truck, três funcionários da fornecedora de alimentos e cinco médicos que atenderam vítimas.
O dono do food truck, Giuseppe Santonocito, de 33 anos, alegou estar “psicologicamente devastado” e negou responsabilidade direta pela contaminação.
Segundo ele, as folhas de nabo usadas no recheio estavam armazenadas em azeite de oliva, em recipientes comprados prontos para uso.
Seu advogado afirmou que o empresário atua há nove anos no setor e acredita que o produto já chegou contaminado.
Mesmo assim, os investigadores avaliam falhas na manipulação dos alimentos, além de possíveis negligências no atendimento médico prestado às vítimas.
A Itália já enfrentava outro surto recente: no final de julho, uma mulher de 38 anos morreu após consumir guacamole contaminado.