“Rascunho” de relatório dos EUA aponta críticas ao governo brasileiro e a Alexandre de Moraes
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“Rascunho” de relatório dos EUA aponta críticas ao governo brasileiro e a Alexandre de Moraes

12/08/2025 | 11:59 Por redacao mz

Trechos de um documento do Departamento de Estado dos Estados Unidos, elaborados durante a gestão de Donald Trump e obtidos pelo The Washington Post, indicam que o governo brasileiro e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes seriam criticados por suposta perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro e a seus apoiadores.

Segundo o jornal, o texto preliminar do relatório sobre direitos humanos acusa a atual administração federal de “reprimir de forma desproporcional o discurso” de aliados do ex-mandatário. A relação próxima entre Trump e Bolsonaro é de conhecimento público, e o ex-presidente americano já declarou diversas vezes considerar as investigações contra o político do PL como parte de uma “caça às bruxas”. No Brasil, Bolsonaro responde no STF por tentativa de “golpe” de Estado após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Já a versão final mais recente do relatório — produzida em 2024 pelo governo democrata de Joe Biden e referente a fatos de 2023 ou anteriores — afirma que a eleição presidencial brasileira foi considerada justa e livre de fraudes. Mesmo assim, o documento lista preocupações sobre o processo eleitoral, incluindo assédio a eleitores e supostas tentativas de interferência de milícias e organizações criminosas no voto de comunidades específicas.

O relatório também destaca as inspeções da Polícia Rodoviária Federal em ônibus no Nordeste durante o pleito de 2022, ação que teria como efeito desencorajar eleitores em uma região de forte apoio a Lula.

Além das questões eleitorais, o texto cita outros problemas recorrentes de direitos humanos no país, como superlotação e más condições em presídios, detenções arbitrárias, ameaças à liberdade de expressão, corrupção, violência de gênero, ataques contra afro-brasileiros, povos indígenas e a comunidade LGBTQIA+.

com informações via g1