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A Ucrânia foi alvo, na noite de quarta-feira (20), do maior ataque aéreo russo registrado neste mês. Segundo autoridades ucranianas, a ofensiva deixou pelo menos uma pessoa morta, 18 feridas e provocou danos significativos a instalações civis no oeste do país. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (21) pela Força Aérea da Ucrânia. De acordo com os militares ucranianos, a Rússia lançou 574 drones e 40 mísseis em uma única operação, o que configura a mais intensa ofensiva aérea de agosto.
Um dos alvos foi a cidade de Mukachevo, na região de Zakarpattia, onde mísseis atingiram depósitos de uma fabricante norte-americana de eletrônicos, deixando 15 feridos. Imagens exibidas pela televisão estatal mostraram o governador regional, Myroslav Biletskyi, ao lado do prédio destruído pelas chamas. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, classificou o ataque como uma violação clara do direito internacional, ressaltando que a instalação era “totalmente civil, sem qualquer ligação com a defesa ou as forças armadas”.
Sybiha também lembrou que esta não é a primeira vez que empresas norte-americanas são alvejadas na Ucrânia, citando ataques anteriores a escritórios da Boeing em Kiev. Outro ataque ocorreu em Lviv, também no oeste ucraniano, onde uma pessoa morreu, três ficaram feridas e 26 casas foram danificadas, segundo informou o governador regional Maksym Kozytskyi.
Apesar das acusações, Moscou nega atacar alvos civis. No entanto, tem intensificado o uso de mísseis e drones contra cidades longe da linha de frente da guerra. A nova escalada de violência ocorre em meio a negociações internacionais, supostamente lideradas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tenta mediar um possível fim para o conflito. Desde o início da invasão russa, em fevereiro de 2022, milhares de civis, a maioria ucranianos, já morreram em decorrência da guerra.
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