Banco Central (BC) e Conselho Monetário Nacional (CMN) instituíram nesta quinta-feira (4) novas regras do Open Finance (modalidade que compartilha informações de uma conta bancária a outra) que viabilizarão o Pix por aproximação. Novidade deve ser lançada em fevereiro do próximo ano.
O caminho será a simplificação da forma de se fazer pagamentos. Isto é: um processo onde os chamados pagamento instantâneo possam ser adicionado às carteiras digitais, como ocorre com cartões de crédito atualmente. Com a mudança, o usuário poderá pagar contas no débito sem a necessidade de entrar no aplicativo do banco.
“As novas regras ampliam o escopo de instituições que participam do ecossistema do Open Finance […] com isso, a base de potenciais clientes beneficiados vai alcançar 95% dos usuários do Sistema Financeiro Nacional”, explica o BC em nota.
No geral, as novas visam a:
- simplificar a jornada de iniciação de pagamentos com Pix, inclusive a para a realização de pagamentos por aproximação;
- simplificar a jornada de iniciação de pagamentos com Pix, inclusive a para a realização de pagamentos por aproximação;
- ampliar o escopo de instituições que serão obrigadas a participar do ecossistema;
- estabelecer a estrutura definitiva de governança do Open Finance.
O cronograma previsto de implementação aponta para a publicação de normas mais detalhadas no fim de julho e a realização de testes em meados de novembro.
Pagamentos por celular
Na terça (2), a autarquia brasileira divulgou um levantamento que constata o aumento expressivo da popularidade dos pagamentos por NFC (comunicação por campo de proximidade, em tradução livre). De acordo com o BC, o percentual de operações com cartões de crédito feitas por aproximação cresceu de maneira significativa na comparação com outras (tarja, chip e não presencial): de 23,1% para 31,1%, nos últimos trimestres de 2022 e 2023. Nas operações com a função débito, as transações por aproximação também cresceram de forma equivalente: de 24,4% para 35,2%, quando observado o mesmo período.
Já o Pix, foi o segundo maior meio para os pagamentos em 2023 no país, com 39% do total deles, atrás apenas das transações com cartões (crédito, débito e pré-pago), cuja participação foi de 41%.