O salário médio recebido pelos trabalhadores brasileiros fechou o segundo trimestre de 2023 em R$ 2.921. Apesar de representar uma estabilidade em relação ao trimestre anterior, o valor corresponde a uma expansão de 6,2% no ano.
De acordo com os dados publicados nesta sexta-feira (28) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a evolução faz a massa de rendimento real habitual avançar para R$ 284,1 bilhões, com alta de 7,2% (mais R$ 19 bilhões) na comparação anual.
Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, afirma que o crescimento da população ocupada não foi suficiente para, diante da estabilidade do rendimento, provocar aumento da massa salarial na comparação com o índice trimestral. “No ano, temos um panorama em que tanto a população ocupada como o rendimento sobem, ou seja, mais pessoas trabalhando e com maiores remunerações”, explica.
Na análise por atividades econômicas, o cenário foi de estabilidade no trimestre, mas, no ano, houve aumento nos ramos de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (7,1%, ou mais R$ 124), indústria (4,3%, ou mais R$ 115), construção (7,8%, ou mais R$ 169), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (7,1%, ou mais R$ 161), alojamento e alimentação (8,2%, ou mais R$ 146), administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (5%, ou mais R$ 193) e serviços domésticos (6,5%, ou mais R$ 70).
As categorias de emprego também se comportaram de maneira estável na comparação com o trimestre anterior. Frente ao período de abril a junho de 2022, no entanto, foi observado crescimento na remuneração dos empregados com carteira de trabalho assinada (3,3%, ou mais R$ 87), trabalhadores domésticos (6,5%, ou mais R$ 70), empregados no setor público, inclusive servidor estatutário e militar (4,1%, ou mais R$ 171), empregadores (17,4%, ou mais R$ 1.108) e trabalhadores autônomos (7,8%, ou mais R$ 169).
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