Sete pessoas são indiciadas por assassinato de casal em PG
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Sete pessoas são indiciadas por assassinato de casal em PG

22/07/2024 | 12:07 Por Vinicius Machado Modificado em 22, julho, 2024 12:07

 

A Polícia Civil de Ponta Grossa concluiu as investigações relacionadas ao homicídio do jovem casal Luiz Arthur Bach Xavier e Rubiane Aparecida Mayer, morto por engano no dia 30 de setembro de 2023, no Jardim Europa, bairro Oficinas, em Ponta Grossa.

De acordo com o apurado, dois indivíduos se uniram para matar um indivíduo que era vizinho do casal, um deles tendo inclusive realizado levantamentos no local do crime dias antes dos fatos.
A investigação apurou que um dos mandantes objetivava matar seu desafeto por ciúmes, pois tal indivíduo já teria mantido um relacionamento amoroso com sua atual companheira.
O outro mandante, por sua vez, desejava a morte do homem em razão de uma prisão sofrida em 2019, em que ele acredita ter sido delatado pelo homem, que também foi preso na ocasião, ambos por tráfico de drogas.

Na noite do crime, um dos mandantes esteve em uma conveniência situada no bairro Boa Vista e, auxiliado pelo proprietário do estabelecimento, contratou ao menos três homens para executarem o crime, sendo apurado o envolvimento de um quarto indivíduo, identificado como executor, cuja suspeita é já estivesse previamente ajustado com os mandantes.
Pela prática do homicídio, um dos presos, que confessou sua participação, informou que receberia o valor de R$ 1 mil, mas que em razão de terem matado as pessoas erradas, acabou por receber R$ 400, havendo fundada suspeita de que todos os executores tenham recebido promessa de pagamento.
Após traçarem o plano criminoso, quatro indivíduos se deslocaram para o local do crime no veículo modelo Fiesta, de cor preta, capturado por câmeras de segurança, e que foi apreendido na terceira fase da operação.
No local, os executores, ao visualizarem a motocicleta do indivíduo que desejavam matar na frente da residência do casal Luiz Arthur e Rubiane, invadiram o local e efetuaram diversos disparos de arma de fogo em direção ao casal, enquanto dormiam, ocasionando a morte de ambos. Luiz e Rubiane que não tinham qualquer envolvimento criminal.

Após o crime, os executores retornaram para a conveniência, onde foram informados que seriam pagos após a confirmação, pela mídia, do desafeto dos mandantes.
Ao se verificar que o erro na execução do crime, o valor do pagamento foi reduzido, sendo constatado que três dos investigados mudaram de Estado na sequência, certamente na tentativa de evitar serem identificados.
No decorrer das investigações, foram apreendidas duas armas, que aguardar resultado da perícia para se estabelecer se foi o armamento utilizado no dia do crime, além de ter sido apreendido o veículo utilizado.
De acordo com o delegado Luís Gustavo Timossi, tratava-se de um casal jovem, que teve brutalmente seus sonhos e inspirações interrompidas pela torpeza de indivíduos que não possuem nenhum respeito pela vida humana. Na residência, chamou a atenção a existência de diversos materiais de estudo para o concurso de bombeiro, em uma escrivaninha, da vítima Luiz, que após ter iniciado uma vida conjugal recente com Rubiane buscava melhores condições de vida para sua família.
Todos foram indiciados pela prática de homicídio qualificado mediante paga ou promessa de recompensa, por motivo fútil e praticado com recurso que tornou impossível a defesa das vítimas, na forma do art. 121, §2º, incisos I, II e IV do Código Penal.

Um dos investigados foi indiciado ainda por coação no curso do processo, pois ameaçou uma das testemunhas para evitar ser identificado, na forma do art. 344 do Código Penal.
As penas pelo crime podem chegar a sessenta anos de prisão.

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