O jovem soldado Valdir de Oliveira Franco Filho, de apenas 19 anos, alega ter ficado paraplégico após sofrer agressões dentro de um quartel do Exército em Barueri, na região metropolitana de São Paulo. O suposto episódio ocorreu no dia 10 de março, mas mais de um mês depois, Valdir afirma que ainda não recebeu o atendimento médico prometido.
Segundo seu relato, desde o ocorrido, ele vem enfrentando sérias complicações de saúde, incluindo vômitos com sangue e perda total dos movimentos nas pernas. “Falaram que o médico viria essa semana, mas até agora, nada”, disse o jovem.
Um exame de ressonância magnética realizado no dia 14 de abril revelou que Valdir sofre de sacralização de L5, uma condição em que a última vértebra lombar se funde ao osso sacro. Essa anomalia, segundo especialistas, pode surgir como consequência de traumas físicos e impactar severamente a mobilidade. Há, no entanto, chances de recuperação parcial dos movimentos, caso o tratamento seja iniciado com urgência.
Posição do Exército
Em nota oficial, o Exército Brasileiro apresentou uma versão distinta. Segundo o comunicado, Valdir teria passado mal durante o expediente no dia 12 de março e, desde então, teria sido encaminhado a diversos serviços médicos: primeiro ao posto de saúde do Arsenal de Guerra de São Paulo, depois ao SAMEB (Serviço de Assistência Médica de Barueri), e, por fim, ao Hospital Militar de Área de São Paulo, onde permaneceu internado até o dia 21 do mesmo mês.
Atualmente, ele estaria em recuperação domiciliar, com acompanhamento contínuo. A instituição também afirmou estar prestando “toda a assistência necessária” ao soldado.
