O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma nesta terça-feira (9) a fase final do julgamento que pode definir o futuro político do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros sete acusados de participação em uma trama golpista.

As sessões da Primeira Turma estão previstas até sexta-feira (12), com duas reuniões extras já confirmadas para quinta-feira (11), a fim de concluir o processo ainda nesta semana. O esquema de segurança no tribunal foi reforçado, com a presença de mais policiais, drones e cães farejadores.

A semana será dedicada às deliberações. Inicialmente, os ministros devem analisar questões preliminares levantadas pelas defesas, como a contestação da validade da delação premiada do ex-ajudante de ordens Mauro Cid. Em seguida, será julgado o mérito do caso. O relator, Alexandre de Moraes, dará o primeiro voto, seguido por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

O processo pode resultar em duas possibilidades: absolvição, com arquivamento da ação, ou condenação, quando os ministros definirão as penas de cada réu.

Além de Bolsonaro, também respondem no processo Alexandre Ramagem, Almir Garnier Santos, Anderson Torres, Augusto Heleno, Mauro Cid, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto. Eles são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de golpe de Estado e dano ao patrimônio público.

Na primeira semana de julgamento, o ministro Alexandre de Moraes apresentou o relatório do caso e o procurador-geral da República, Paulo Gonet, reforçou as acusações contra os oito réus. Já as defesas alegaram fragilidade das provas, pediram a absolvição dos acusados e questionaram a legalidade da delação de Mauro Cid.

O julgamento deve se estender até o fim da semana e promete definir um dos capítulos mais importantes da história recente da Justiça brasileira.