Um homem conhecido pelo apelido de “Fofão” foi preso na manhã desta sexta-feira (19) no litoral de São Paulo, suspeito de participar da logística do assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil paulista, Ruy Ferraz Fontes. A prisão é a segunda realizada no caso, que segue sendo investigado como um atentado articulado e premeditado.
“Fofão” teria atuado diretamente no apoio operacional aos executores do crime, ocorrido na última segunda-feira (15), em Praia Grande, quando Ruy Ferraz foi morto a tiros em plena luz do dia. Segundo a Secretaria da Segurança Pública, o suspeito fazia parte da estrutura que deu suporte ao grupo criminoso envolvido na ação.
Na quinta-feira (18), Dahesly Oliveira, de 25 anos, também foi presa temporariamente. Ela é apontada como a responsável por transportar um dos fuzis utilizados na execução. O armamento teria sido retirado de uma casa utilizada como “QG” pelos criminosos — o imóvel pertence ao irmão de um policial militar, agora também investigado.
A Polícia Civil e a Corregedoria da PM realizaram diligências nesta sexta na região litorânea, reforçando as investigações sobre a possível participação de membros das forças de segurança no crime. A arma levada por Dahesly teria saído exatamente desse endereço.
Além de “Fofão” e Dahesly, outros três suspeitos já tiveram mandados de prisão expedidos e estão foragidos.
Ruy Ferraz Fontes comandou a Polícia Civil de São Paulo entre 2019 e 2022 e era conhecido por liderar investigações de grande porte contra o crime organizado. Sua execução mobilizou as autoridades e reacendeu o debate sobre a segurança de agentes públicos ameaçados.
