Na manhã desta quinta-feira (5), Francisco Gomes de Alencar Filho, mais conhecido como Chiquinho, encontrou seu fim em um confronto com policiais da Companhia de Patrulhamento Tático Móvel (Patamo), no bairro de Tancredo Neves, em Salvador. Ele exercia controle sobre o tráfico de drogas no bairro do Tororó.
À conta de Chiquinho são atribuídas as recentes mortes ocorridas nos bairros do Tororó e de Nazaré, regiões centrais da cidade. Entre as vítimas figuram um funcionário de depósito de bebidas, um entregador de pizzas e um trabalhador de lan house. Em setembro de 2019, Chiquinho foi implicado como mandante do assassinato de sua própria namorada, Gabriela dos Santos Castro, de 24 anos, ocorrido na Rua Amparo do Tororó. As investigações indicaram que ela foi morta por saber do envolvimento do parceiro em roubos de veículos e, durante uma discussão, ameaçou delatá-lo às autoridades policiais.
Chiquinho, afiliado ao Comando Vermelho (CV), estava escondido na localidade conhecida como Buracão, em Tancredo Neves, uma área dominada pela facção carioca. Ele estava a bordo de um veículo quando abriu fogo contra os agentes policiais. Uma granada foi encontrada dentro do automóvel.
Segue a lista das mortes atribuídas a Chiquinho:
- Gabriel Ferreira, morto em 18 de maio em um depósito de bebidas na Rua Amparo do Tororó, enquanto estava no trabalho, alvejado por homens que chegaram ao local de carro.
- Jackson Conceição dos Santos, de 35 anos, conhecido como “Vei”, assassinado em 15 de maio no Tororó. Ele já tinha sido preso em 2007, acusado de roubar os braços da estátua de Pelé, localizada no estádio da Fonte Nova.
- Rafael Silva, de 28 anos, morto em 24 de abril por homens armados enquanto trabalhava em uma lan house na Rua Amparo do Tororó.
- Fernando Gomes Bentemuller da Rocha, de 18 anos, morto em 28 de maio na Rua Marujos do Brasil, em Nazaré, próximo ao Tororó. Estudante e jovem aprendiz em uma rádio, também trabalhava como entregador de pizzas e foi alvo de mais de 20 tiros enquanto fazia uma entrega de moto.
