O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) demitiu um delegado e três investigadores da Polícia Civil de São Paulo por envolvimento com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Estado na terça-feira (26).
O delegado Fernando Toshiyuki Fujino e os investigadores Carlos Moroni Filho, Marcos Roberto Munhoz e Willian Felipe Martins Soares foram presos em 2013 durante operação do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), do MPSP (Ministério Público de São Paulo). O quarteto atuava na Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Sorocaba, no interior do estado.
Segundo o MPSP, o quarteto interceptava integrantes da facção criminosa, envolvidos com o tráfico de drogas, e os extorquiam. Os policiais civis também divulgavam informações sigilosas da corporação aos criminosos.
O então delegado Fujino foi condenado no regime semiaberto a dois anos e quatro meses de reclusão por concussão — quando o servidor exige alguma coisa em razão do cargo que ocupa. Em setembro deste ano, ele conseguiu um habeas corpus em setembro deste ano junto ao STJ (Superior Tribunal de Justiça).
Moroni Filho e Munhoz foram condenados a seis anos, quatro meses e doze dias no regime fechado por falsidade ideológica, concussão e por realizarem interceptação sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei. Soares foi condenado por concussão a dois anos e quatro meses no regime semiaberto.
Questionada sobre a demissão, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) ressaltou que “não compactua com qualquer desvio de conduta e que quando identificada qualquer irregularidade, apura rigorosamente os fatos para identificar e responsabilizar os envolvidos”.