O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou que o muro construído ao longo da fronteira com o México seja pintado de preto. A decisão, anunciada nesta semana pela secretária de Segurança Interna, Kristi Noem, tem como objetivo dificultar ainda mais a entrada de imigrantes ilegais no país, ao elevar a temperatura da superfície metálica sob o sol.
Segundo Noem, a iniciativa partiu diretamente de Trump e visa tornar o muro um obstáculo físico e térmico. “Este muro faz parte da mudança. Alto demais para escalá-lo. Estreito demais para atravessá-lo. E agora, tão quente ao toque que criminosos estrangeiros ilegais nem sequer tentarão”, afirmou a secretária em publicação feita na rede social X (antigo Twitter).
Além de dificultar a escalada do muro, agentes da Patrulha de Fronteira destacaram que a pintura preta também ajudará a preservar a estrutura metálica contra ferrugem e corrosão com o passar do tempo.
Desde que reassumiu a presidência dos EUA em janeiro deste ano, Trump tem endurecido as políticas migratórias. Entre as principais ações está a concessão de poderes ampliados ao Serviço de Imigração e Controle de Alfândega (ICE), que agora pode executar deportações imediatas — uma medida vista com preocupação por organizações internacionais de direitos humanos, por confrontar diretrizes legais estabelecidas por tratados internacionais.
Redução de entradas ilegais
Em meio à escalada de medidas rigorosas, o Departamento de Segurança Interna comemorou uma queda significativa no número de imigrantes ilegais detidos na fronteira com o México. Dados oficiais revelam que, no mês de julho, apenas 6.070 pessoas foram interceptadas ao tentar entrar nos EUA — número 15% inferior ao registrado em março, antes das novas políticas entrarem em vigor.
Para o governo Trump, os números indicam o sucesso da estratégia de dissuasão e reforço da fronteira. No entanto, críticos apontam para possíveis violações de direitos humanos e riscos para a população migrante.
Com a nova medida, o muro — já símbolo das políticas de imigração do ex-presidente durante seu primeiro mandato — volta ao centro do debate público e promete acirrar ainda mais as tensões sobre o tratamento dado a imigrantes e refugiados nos Estados Unidos.
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