UEPG acompanha abuso de autoridade contra estudante de Jornalismo e pede providências
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UEPG acompanha abuso de autoridade contra estudante de Jornalismo e pede providências

24/09/2024 | 10:58 Por Redação MZ

Uma abordagem supostamente hostil de guardas municipais da cidade de Ponta Grossa a um estudante de Jornalismo terminou em polêmica nos últimos dias. A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou que, diante da abordagem a um estudante, no domingo (22), entrou em contato com a Secretaria Municipal de Cidadania e Segurança Pública (SMCSP) e com a Guarda Municipal, para apuração do fato e pedido de providências.

De acordo com a UEPG, “no intuito de proteger o aluno, que está no espectro autista, foi realizado acolhimento inicial e a Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) fará o acompanhamento do caso”, detalha a nota.

A instituição ainda se solidarizou com o acadêmico e seus familiares, reiterando que a defesa de ações não-violentas deve nortear as instituições públicas. A “UEPG apoia incondicionalmente a liberdade de imprensa como base da democracia” finalizou o comunicado.

O nome do estudante não foi divulgado pela instituição, assim como dos guardas envolvidos.

O Departamento de Jornalismo (Dejor), também se manifestou:

“O curso de Jornalismo da UEPG repudia a violência praticada pela Guarda Municipal de Ponta Grossa no domingo (22) contra um de nossos estudantes, que tão somente fotografou à distância (de dentro do Terminal Central de Transporte Coletivo) ação em rua pública de abordagem dos agentes a transeuntes.

O estudante, que estava a caminho de casa, saindo do Terminal, foi então submetido intempestivamente a revista, como clara forma de violência desproporcional e de intimidação por parte dos agentes da Guarda Municipal, que também proferiram ofensas verbais de desqualificação e ameaça. Parte das cenas foi gravada e publicada em redes sociais.

O Departamento de Jornalismo questiona a Prefeitura Municipal de Ponta Grossa sobre a situação inaceitável em uma democracia, cobra respeito ao direito de informar, à liberdade de circulação e de produzir imagens com fins de aprendizado, bem como exige medidas cabíveis quanto ao comportamento dos agentes diretamente envolvidos e de seus responsáveis. Trata-se, além de tudo, de ato de violência contra estudante do espectro autista, como é de conhecimento dos órgãos universitários competentes.

Condenamos a violência praticada, com claro intuito de cerceamento ao trabalho jornalístico e de consequências irreparáveis. Reivindicamos esclarecimentos imediatos, em nome dos princípios elementares da cidadania e do respeito à coisa pública partilhados por estudantes, docentes e agentes da Universidade Estadual de Ponta Grossa”.