A operação de busca e apreensão realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (3) na 13ª Vara Federal de Curitiba, determinada pelo ministro Dias Toffoli, do STF, é considerada por fontes próximas ao caso como “devastadora” para o senador e ex-juiz Sergio Moro.
A diligência foi autorizada após o juízo se negar a fornecer informações sobre um processo relacionado às denúncias do empresário Tony Garcia, que acusa Moro de ter conduzido investigações clandestinas e orientado gravações ilegais no início dos anos 2000. Parte das provas que sustentariam essas acusações estaria justamente arquivada na 13ª Vara, o que motivou a ação desta quarta.
Com a decisão, Toffoli também manteve o inquérito sob competência do STF, rejeitando o pedido de Moro para que o caso fosse enviado à primeira instância. As revelações de Garcia, que afirma ter atuado como “agente infiltrado” sob ordens da Lava Jato, reacenderam questionamentos sobre a legalidade de ações do período.
Moro nega as acusações, classificando os relatos de Garcia como “fantasiosos”, mas a operação aprofunda a pressão sobre o ex-juiz e pode ampliar o alcance da investigação sobre sua atuação passada.





