A Polícia Civil de Ponta Grossa concluiu as investigações sobre o homicídio do recém-nascido Gustavo Moreira, ocorrido em 19 de agosto, e confirmou que a própria mãe da criança foi a autora do crime. O caso, que chocou a cidade, agora pode ter um desfecho com penas que somam até 50 anos de prisão.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Emerson Timossi, a mulher foi indiciada por homicídio qualificado — crime cometido com agravantes como premeditação e impossibilidade de defesa da vítima — além de ocultação de cadáver. Se condenada por ambos os crimes, ela poderá cumprir pena máxima prevista de meio século de reclusão.
“O caso é de extrema gravidade. Trata-se de um crime praticado contra um recém-nascido, indefeso, logo após o parto. Ela planejou, executou e ainda tentou esconder o corpo para apagar qualquer vestígio da gestação”, afirmou o delegado.
Confissão e investigação
A investigação teve início quando a mulher procurou atendimento médico alegando problemas de hemorroidas. Contudo, a equipe médica constatou sinais de parto recente, levantando suspeitas que rapidamente se confirmaram.
Durante o interrogatório, a suspeita confessou ter matado o bebê minutos após o nascimento. Ela alegou que teria cometido o crime por conta da recusa do suposto pai em reconhecer a criança. A polícia, no entanto, descobriu que mais de um homem pode ser o genitor, e exames de DNA ainda estão em andamento para esclarecer a paternidade.
Prisão e próximos passos
A mulher está presa preventivamente e aguarda os desdobramentos do processo judicial. O inquérito policial foi finalizado e encaminhado ao Ministério Público, que agora deve oferecer denúncia formal à Justiça.
Se condenada, a ré poderá cumprir uma das penas mais severas previstas no Código Penal brasileiro — reflexo da brutalidade do crime e da fragilidade da vítima.
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