Zelensky e Trump se reúnem no domingo para tratar de territórios e avançar em plano de paz
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Zelensky e Trump se reúnem no domingo para tratar de territórios e avançar em plano de paz

27/12/2025 | 14:03 Por redacao mz

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, confirmou que terá uma reunião decisiva com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, neste domingo (28). O encontro deve focar justamente no ponto mais delicado das negociações para encerrar a guerra: as disputas territoriais. Segundo o governo ucraniano, um plano de paz composto por 20 itens, acompanhado de um acordo de garantias de segurança, está em fase final de elaboração.

Ao comentar a agenda, Zelensky afirmou que existe a possibilidade de avanços significativos ainda antes do fim do ano, em meio à pressão de Washington para encerrar o conflito mais letal da Europa desde 1945.
“O que há de mais sensível será colocado na mesa: a situação em Donbas e a usina nuclear de Zaporizhzhia. Mas há outros temas importantes que também discutiremos”, disse o presidente a jornalistas em um grupo de WhatsApp.

Zelensky tenta persuadir Trump a abandonar uma proposta norte-americana que exige a retirada total das forças ucranianas de Donbas — região parcialmente ocupada pela Rússia. Caso não consiga alterar a posição dos EUA, o líder ucraniano admite submeter o plano de paz a um referendo popular, desde que Moscou aceite um cessar-fogo de 60 dias para que a consulta seja organizada.

O Kremlin insiste que a Ucrânia deixe áreas de Donetsk que não foram tomadas pelos russos mesmo após quase quatro anos de guerra. A Rússia reivindica o controle total de Donbas, que engloba Donetsk e Luhansk, enquanto Kiev exige a paralisação dos combates nas atuais linhas de confronto.

Na tentativa de destravar o impasse, Washington propôs criar uma zona econômica livre caso a Ucrânia se retire da região — uma sugestão que ainda não veio acompanhada de explicações sobre funcionamento e garantia de soberania.

Para Zelensky, qualquer decisão sobre concessões territoriais precisa ser tomada pelo povo ucraniano, apenas por meio de um processo democrático.

Outro ponto delicado da conversa será a usina nuclear de Zaporizhzhia, a maior da Europa, que permanece na linha de frente do conflito e sob controle das forças russas.