Um coordenador politico revelou que recebe R$ 30 mil por mês para trabalhar na campanha de um postulante ao cargo de chefe do Poder Executivo Municipal nas Eleições Municípais deste ano. Os pagamentos segundo informações  iniciaram em junho de 2024 .

Além disso, ele afirmou a um interlocutor que deixou de lado as atividades em sua academia para coordenar a campanha.

De acordo com uma fonte ligada ao grupo político , os valores pagos ao coordenador não foram declarados até o momento. A prática pode ser considerada como “Caixa 2 Eleitoral”.

No contexto de campanhas eleitorais, o caixa 2 são os recursos de partidos, candidatos ou campanhas que não foram contabilizados no fluxo de caixa e informado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se ficar provado que houve caixa 2 na campanha , e isso levou a um desequilíbrio da corrida eleitoral, o candidato (a) pode ter sua chapa cassada.

A fonte revelou ainda que além de R$ 30 mil, o coordenador seria nomeado para assumir a Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional em caso de vitória.

Segundo a legislação brasileira, oferecer cargo público em troca de vantagens pode ser enquadrada como corrupção passiva.Conforme o Art. 299, Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita: Pena – reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.