Operação prende Padre Egídio por desvios de até R$ 140 milhões de hospital
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Operação prende Padre Egídio por desvios de até R$ 140 milhões de hospital

19/11/2023 | 18:14 Por Nara Souza

O ex-diretor do Hospital Padre Zé, de João Pessoa, foi preso na manhã desta sexta-feira (17) a pedido do desembargador Ricardo Vital, do Tribunal de Justiça da Paraíba. Padre Egídio de Carvalho Neto é suspeito de desvio de verba contra a instituição na ordem de até R$ 140 milhões.

Outras duas pessoas também são alvo dos mandados de prisão: a ex-tesoureira da instituição, Amanda Duarte, e a ex-diretora administrativa, Jannyne Dantas. Segundo o g1, padre Egídio se apresentou às autoridades. Ele passou por audiência de custódia e foi levado para o Presídio Especial do Valentina.

A ex-tesoureira vai cumprir prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, por ter um filho de 4 meses em amamentação exclusiva, enquanto que a ex-diretora vai ficar no Presídio Júlia Maranhão. O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) informou que as ações desta manhã correspondiam a Operação Indignus 2.

O objetivo é combater a corrupção. O esquema de desvios de recursos públicos teria iniciado em 2013 e seguido até setembro deste ano. Foram desviadas verbas destinadas a programas sociais essenciais como distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o Exame Nacional de Ensino Médio, cuidados a pacientes com Aids, entre outros.

Além disso, as operações ilícitas teriam afetado gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas. O pedido das prisões, inicialmente, havia sido negado pelo juiz da 4ª Vara Criminal de João Pessoa.

No entanto, de acordo com g1, o Gaeco recorreu da decisão. O parecer favorável à substituição da prisão preventiva pela modalidade domiciliar prevê monitoramento eletrônico; proibição de se ausentar da Comarca que reside sem autorização judicial; obrigação de manter atualizados os endereços e contatos;
obrigação de comparecer espontaneamente a todos os atos processuais; proibição de manter contrato, tanto pessoal como virtualmente com os demais investigados e testemunhas.

Em nota, a Arquidiocese da Paraíba afirmou que está consciente de sua responsabilidade e compromisso com a transparência e integridade. Informou que está colaborando integralmente com as investigações em curso, respeitando o segredo de justiça estabelecido pelas autoridades competentes.

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