Mais de 100 pessoas foram mortas em ataques israelenses em Rafah
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Mais de 100 pessoas foram mortas em ataques israelenses em Rafah

12/02/2024 | 11:44 Por Redação MZ

Mais de 100 pessoas foram mortas em ataques aéreos israelenses na cidade de Rafah, no sul de Gaza na manhã desta segunda-feira (12).

A cidade, perto da fronteira de Gaza com o Egito e onde mais de metade da população de Gaza procura refúgio, sofreu intensos ataques de aviões de guerra.


Helicópteros também dispararam metralhadoras ao longo das regiões fronteiriças.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram nesta segunda-feira que conduziram “uma série de ataques” contra alvos na área de Shaboura, um distrito de Rafah, afirmando num comunicado que “os ataques foram concluídos”.

Segundo as FDI, dois reféns foram resgatados, Fernando Simon Marman, de 60 anos; e Louis Har, 70. Os dois foram sequestrados em 7 de outubro pelo Hamas.

O governo da Argentina agradeceu o resgate, afirmando que os reféns têm dupla cidadania israelense-argentina.

“Ambos estão em boas condições médicas e foram transferidos para exames médicos no hospital Sheba Tel Hashomer”, afirmou o comunicado.

O porta-voz das FDI, Danial Hagari, disse a repórteres que a operação para resgatar os reféns e começou por volta de 01h49, horário local, com os ataques aéreos em Rafah sendo lançados um minuto depois.

Uma mesquita em Shaboura estava entre os alvos dos ataques israelenses, segundo a prefeitura de Rafah.

O canal de televisão Al-Aqsa, administrado pelo Hamas, informou que duas mesquitas foram atacadas, bem como 14 casas em várias áreas de Rafah, na segunda.

O diretor do Hospital Abu Yousef Al-Najjar disse que as instalações médicas em Rafah “não conseguem lidar com o grande número de feridos devido ao bombardeio da ocupação israelense”.


Segundo a PRCS, as pessoas estão presas sob os escombros e ainda há uma forte presença de aviões de guerra nos céus de Rafah, o que pode elevar ainda mais o número de mortos.

Num comunicado divulgado na segunda-feira, o Hamas condenou o que considerou ser um “massacre horrível” perpetrado por Israel contra civis em Rafah.

Mais de 1,3 milhões de pessoas se refugiaram em Rafah, muitas das quais já estavam deslocadas de outras partes do enclave e dizem não ter para onde ir.

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