A prática conhecida como “preço inbox” nas redes sociais está sendo alvo de investigação pelo Procon, e mais de 80 empresas em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, receberam uma recomendação do órgão para cessar essa prática. O “preço inbox” consiste em ocultar o valor de um produto na hora do anúncio e só informar o preço sob condição de uma conversa privada.De acordo com o Procon, essa prática dificulta a transparência nas transações comerciais e vai contra a Lei 10.962/2004, que regula a forma como devem ser expostos os preços de produtos e serviços para os consumidores. As empresas têm cinco dias para ajustar suas postagens e ações nas redes sociais, que funcionam como uma vitrine virtual para seus produtos e serviços.Se as empresas não se adequarem às exigências dentro desse prazo, podem enfrentar processos administrativos e serem multadas em mais de R$ 50 mil, pois essa prática é considerada um dano coletivo, uma vez que não é possível medir o alcance das postagens. A multa é a mesma aplicada para lojas físicas, que também devem garantir a transparência dos preços em suas vitrines, conforme estipulado pelo Código de Defesa do Consumidor em todo o país.