Membros de banca de concurso da UEPG são condenados por ameaçar uma das vencedoras
Policial Ponta Grossa

Membros de banca de concurso da UEPG são condenados por ameaçar uma das vencedoras

03/04/2024 | 19:23 Por Redação

Membros que compunham a banca de um concurso público realizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) foram condenados por ameaçar e perseguir uma candidata ao cargo de professora de ensino superior. A decisão foi emitida pela Turma Recursal Única do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJ/PR) durante um julgamento on-line realizado na última terça-feira (2), no qual a instituição não foi incluída como ré no processo.

O caso remonta ao Edital de Abertura nº 02/2016, que anunciava o ‘Concurso Público para Provimento no Cargo de Professor de Ensino Superior’. A segunda colocada no processo seletivo foi excluída da aprovação por não apresentar toda a documentação exigida, abrindo espaço para a terceira colocada, a candidata que requereu o processo, assumir a posição de professora.

Contudo, diante da falta de ação por parte do poder público em relação à convocação da candidata, o TJ/PR foi acionado para dar continuidade ao concurso. Entretanto, membros da banca, atuando em benefício próprio e não em nome da UEPG ou do Paraná, passaram a perseguir a professora com o intuito de impedir sua nomeação.

Segundo a defesa da professora, um dos membros da banca mantinha uma relação próxima com a quarta colocada no concurso, buscando assim prejudicar a candidata que requereu o processo. Apesar das tentativas de invalidar o procedimento, a UEPG rejeitou as análises dos membros e nomeou a candidata requerente para o cargo.

Em vista do conluio para prejudicar a requerente, que incluiu perseguição, disseminação de boatos e tentativas de impedir sua investidura no cargo, a defesa solicitou uma indenização de R$ 40 mil por danos morais. Na decisão proferida na última terça-feira (2), ainda a ser publicada, a juíza Fernanda Bernert Michielin reconheceu os prejuízos morais sofridos pela professora e afirmou que três membros da banca agiram de acordo com interesses particulares, assegurando um tratamento igualitário entre os candidatos participantes do concurso.

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