Após décadas de uso persistente, o Japão finalmente disse adeus aos disquetes como forma de armazenamento oficial. Enquanto o restante do mundo havia abandonado em grande parte esses dispositivos obsoletos há anos, o país insular continuou a utilizá-los, especialmente no âmbito governamental, onde regulamentações específicas exigiam seu uso para certos documentos.
Segundo informações da agência Reuters, até meados de junho deste ano, uma parte significativa dos documentos enviados ao governo ainda precisava ser submetida em disquetes. A Agência Digital nacional, no entanto, tomou uma decisão histórica ao eliminar a maior parte desses regulamentos, marcando assim o fim oficial dessa era tecnológica.
O impulso para esta mudança veio com a ascensão de Taro Kono como ministro de Assuntos Digitais. Desde 2021, Kono vinha liderando uma reforma tecnológica destinada a modernizar as práticas governamentais, que ainda estavam presas a tecnologias dos anos 1980 e 1990. Na última quarta-feira, o ministro anunciou com orgulho: “Vencemos a guerra contra os disquetes em 28 de junho”.
Os disquetes, criados na década de 1960, foram amplamente utilizados até o advento de mídias de armazenamento mais avançadas. A Sony, última fabricante do dispositivo, cessou sua produção em 2011, refletindo a obsolescência do formato devido à baixa capacidade de armazenamento e à necessidade de leitores específicos para acessar seus dados.
A eliminação dos disquetes no Japão é vista como um passo crucial para melhorar a classificação digital do país, que em 2023 ocupou apenas a 32ª posição no Ranking Mundial de Competitividade do IMD. Essa transição representa um esforço para alinhar o país com os padrões tecnológicos mais modernos e eficientes, essenciais para sua posição como líder no universo tecnológico global.