A Justiça do Estado do Paraná aceitou a denúncia do Ministério Público nesta segunda-feira (12), tornando o vigilante Marcos Vagner de Souza réu no caso do desaparecimento da adolescente Ísis Victória Mizerski Ribeiro, de 17 anos. A jovem teria sido morta em Tibagi, e seu corpo ainda não foi encontrado. Marcos enfrenta acusações de homicídio triplamente qualificado, incluindo feminicídio, dissimulação e motivo torpe, além de ocultação de cadáver e aborto, considerando que Ísis estava grávida.

O advogado Claudio Dalledone Jr, representante da família de Ísis, afirmou que a próxima etapa será marcar a audiência de instrução e julgamento para que Marcos seja submetido ao Tribunal do Júri. Segundo ele, com base nas evidências nos autos, o réu terá seu nome incluído na lista dos culpados após o julgamento.

O desaparecimento da adolescente foi registrado pela mãe em 7 de junho, quando Ísis saiu para encontrar Marcos, com quem mantinha um relacionamento, e não retornou para casa. As investigações indicam que o suspeito tentou forjar três álibis após o encontro, incluindo uma mensagem em um grupo informando que estava chegando em casa, quando, na verdade, não estava.

O delegado Matheus Campos, responsável pelo relatório final sobre o crime, comparou a situação ao caso de Eliza Samudio, ocorrido em Minas Gerais em 2010, onde o corpo nunca foi encontrado, mas o óbito foi atestado e o principal suspeito indiciado por homicídio e ocultação. Na última sexta-feira (8), a Polícia Civil do Estado do Paraná decretou a prisão preventiva do réu.

Com informações: Banda B