O médico ginecologista Felipe Sá foi condenado a 35 anos de prisão por abusar sexualmente de 13 mulheres em seu consultório em Maringá, no norte do Paraná. Uma das vítimas expressou alívio com a sentença, afirmando que “isso não ia acabar, ele não ia parar com isso”. Ela destacou a importância da condenação para impedir que outros profissionais adotem condutas semelhantes. “Existe punição e, por mais que a gente não acredite muito, a Justiça aconteceu”, disse, preferindo manter o anonimato.
As investigações contra Felipe Sá tiveram início em janeiro de 2023, e na última sexta-feira (30), ele foi condenado 13 vezes pelo crime de violação sexual mediante fraude. Em resposta à sentença, a defesa do médico afirmou que está analisando a decisão e que pretende recorrer ao Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR). Embora condenado, Felipe Sá responde ao processo em liberdade.
Além da pena de prisão, o médico perdeu a licença para atuar como ginecologista e foi condenado a pagar indenizações de R$ 15 mil para cada uma das 13 vítimas, totalizando R$ 195 mil. Para uma das vítimas, saber que ele não poderá mais exercer a medicina é uma vitória significativa: “A gente só queria que ele perdesse o direito de exercer a Medicina, de não fazer isso de novo”, desabafou.
Felipe Sá está em liberdade desde dezembro do ano passado, monitorado por tornozeleira eletrônica, e continuará respondendo ao processo em liberdade até que os recursos sejam esgotados. Para as vítimas, a condenação representa um alívio: “O alívio é impagável. Tudo que a gente fez, que a gente passou… teve um desfecho e esse desfecho foi justo”, concluiu uma das vítimas.
Com informações: RPC/ G1 Paraná| Foto: Reprodução/ TV Globo
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