Preço dos alimentos deve aumentar em decorrência das queimadas
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Preço dos alimentos deve aumentar em decorrência das queimadas

20/09/2024 | 17:45 Por Redação Modificado em 20, setembro, 2024 4:56

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma leve deflação de 0,02% no Brasil e de 0,36% em Curitiba e Região Metropolitana (RMC) no mês de agosto. Essa queda foi impulsionada principalmente pela redução nos preços dos alimentos e bebidas, com destaque para os alimentos in natura, que apresentaram uma expressiva diminuição de 14,18% na capital paranaense. No entanto, especialistas da Fecomércio PR alertam que as queimadas em diversas partes do país devem provocar um aumento nos preços desses produtos.

De acordo com Lucas Dezordi, economista e assessor econômico da Fecomércio PR, a redução observada nos últimos meses reflete a normalização das condições de oferta e demanda de produtos agrícolas, que haviam sido prejudicadas por problemas climáticos no início do ano. “A queda nos preços de tubérculos, raízes e legumes foi expressiva, com uma deflação de 16,31% no Brasil e 14,18% em Curitiba”, explica Dezordi.

Nos últimos 12 meses, Curitiba e a RMC registraram uma inflação acumulada de 2,96%, abaixo da média nacional de 4,24%. Apesar da recente deflação, o grupo de alimentos ainda apresenta uma alta acumulada de 17,01% na região. Segundo Dezordi, “as condições de oferta e demanda estão se restabelecendo após o impacto das chuvas intensas no fim do ano passado e início deste ano”.

No entanto, o economista destaca uma nova preocupação: “A forte estiagem e as queimadas em grandes regiões produtoras podem prejudicar a produção agrícola e pressionar novamente os preços dos alimentos”, alerta Dezordi, ressaltando que esses fatores climáticos adversos já estão afetando a economia.

Com informações: Fecomércio PR | Foto: (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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