O advogado Fernando Madureira e sua equipe foram alvo de ameaças de morte em Ponta Grossa no último fim de semana, após assumirem a defesa de uma mulher vítima de violência doméstica. O acusado, ex-companheiro da vítima, não aceitou a medida protetiva solicitada pela defesa e emitida pela Justiça, que o impede de se aproximar da ex-mulher.
Segundo a nota divulgada pela equipe jurídica, a vítima manteve uma união estável com o acusado por dez anos, e eles têm uma filha de oito anos. “A mulher nos procurou informando que sofria violência doméstica. Sendo assim, tomamos as medidas legais, tendo sido decretada medida protetiva em favor da vítima, o que impede o acusado de se aproximar da vitima e manter contato com a mesma”, destacou o advogado.
Para manter o vínculo entre o pai e a filha, a irmã da vítima ficou responsável por levar a criança para as visitas. No entanto, o acusado, inconformado com a situação, proferiu ameaças contra Madureira e os outros advogados da equipe, acusando-os de terem requerido a proteção judicial.
O advogado registrou um boletim de ocorrência para que a Polícia Civil investigue o crime de coação no curso do processo, previsto no artigo 344 do Código Penal. “Sendo assim, para cumprirmos a lei, foi registrado a ocorrência junto à Delegacia de Polícia”, explicou Madureira. O pedido de suspensão das visitas foi feito devido às ameaças, que ocorreram na frente da criança. O advogado lamentou o episódio, mas ressaltou que “pela prática de mais de 30 anos na área criminal, temos que os elementos que praticam violência doméstica, agredindo as mulheres e os filhos, são em regra covardes e não têm coragem de concretizar suas ameaças”.
Com informações: D’Ponta News | Foto: TJ-SP