A auxiliar administrativa Bruna Barchak estava entre os 44 passageiros do ônibus de turismo incendiado por um homem em Cajati, interior de São Paulo. O veículo, que partiu da capital paulista com destino a Curitiba, transportava Bruna até Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, onde visitaria sua mãe.

De acordo com informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o incidente começou quando o suspeito trancou-se no banheiro do ônibus e ateou fogo no local. “Eu pensei que alguém tinha passado mal no banheiro. Os passageiros começaram a tentar abrir de todas as formas, com cinto de segurança, tentaram empurrar, não conseguiram tirar [a pessoa do banheiro]. A fumaça começou a ficar mais densa e o cheiro de plástico começou a ficar mais forte. Eu calcei meu tênis porque eu sabia que ia acontecer alguma coisa. Eu já estava preparada para o pior”, relatou Bruna.

Ao perceberem a gravidade da situação, os passageiros alertaram o motorista, que parou o ônibus, abriu o bagageiro para retirada das malas e orientou todos a se afastarem do veículo. Apesar das chamas consumirem completamente o coletivo, ninguém se feriu. O suspeito tentou fugir, mas foi localizado em um posto de combustível próximo. Segundo a PRF, ele apresentava comportamento confuso e deu respostas desconexas.

Após o ocorrido, Bruna desabafou sobre o trauma. “Eu tenho muito medo de qualquer meio de transporte. Eu sempre fui muito medrosa com avião, com ônibus, com carro, então eu já tinha esse medo. Eu não conseguia dormir, não conseguia relaxar. Agora eu nem sei como vai ser quando eu vou voltar para São Paulo domingo”, disse. Ao reencontrar sua família na rodoviária de Curitiba, a jovem sentiu alívio e gratidão. “Minha mãe me abraçou, todo mundo agradeceu pela minha vida. É muito estranho falar que você passou por uma experiência de quase morte, só que ao mesmo tempo, você está muito bem. Meio que meu cérebro ainda não raciocinou o que aconteceu”, concluiu.

Com informações: G1 Paraná|  Foto: Divulgação/PRF