Muito se falou nas redes sociais nos últimos dias o caso da Igreja Pentecostal Deus é Amor que divulgou um comunicado interno para membros em que proibia o uso de “penteados afro”, pois na visão dos que emitiram a mensagem, tais penteados deveriam ser considerados pecado.
O comunicado que proibia penteados afro foram enviadas aos fiéis no início de dezembro, mas desde então noticias sobre as orientações tem reverberado nas redes sociais. Além disso, a igreja orientou que era proibido o uso de diversos acessórios e peças de roupa, sob pena de não participar das atividades religiosas.
O Movimento Negro Evangélico protocolou uma notícia crime junto ao Ministério de São Paulo, que confirmou que a denúncia será encaminhada ao Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (Gecradi).
Após a repercussão do caso de racismo, a igreja derrubou a proibição do uso de cabelos crespos, tranças, turbantes e dreads.
O comunicado
As orientações além de serem racistas, a igreja neopentecostal dizia que a aparência não deveria ter aparência de sensual.
“Nosso compromisso com a santidade se reflete não apenas em nossas palavras e atitudes, mas também em nossa aparência e comportamento. Entendemos que o sensualismo, ou qualquer forma de vestir-se ou comportar-se que promova valores contrários à modéstia cristã, não está de acordo com os ensinamentos bíblicos”, diz o comunicado.
Ainda segundo o comunicado, ao citarem homens era proibido o cabelo afro “não será mais tolerado o uso de roupas justas, curtas, sensuais, transparentes, rachadas, decotadas, bem como, o uso de maquiagens, pintura nos olhos, cílios postiços, sobrancelhas de henna, pintura nas unhas, o corte de cabelo para as mulheres, o uso de calça comprida e saltos altos. Aos homens é proibido manterem a barba por fazer, assim como o penteado afro e o uso de calças coladas ao corpo”.
Informações de O Globo