Uma parceria musical entre dois jovens artistas vem provocando ruído muito além dos estúdios e das redes sociais. Lucas Camacho, de 16 anos, filho de Marco Willians Herbas Camacho, o Marcola, e Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, o Oruam, de 24 anos, filho de Márcio dos Santos Nepomuceno, o Marcinho VP, anunciaram que estão preparando o lançamento de uma música em conjunto. O encontro artístico, que à primeira vista poderia ser apenas mais uma colaboração do universo do trap e do funk, carrega o peso de uma possível aproximação simbólica entre os herdeiros dos líderes das duas maiores facções criminosas do Brasil: o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Comando Vermelho (CV).
Oruam publicou em seu perfil no Instagram uma imagem ao lado de Lucas, com a legenda “RJ SP”, sinalizando a origem dos dois artistas, mas que também marca as raízes geográficas das organizações que seus pais comandam: Rio de Janeiro e São Paulo. Pouco tempo depois, a conta de Oruam foi desativada — fato que gerou ainda mais especulações entre seguidores e observadores atentos às movimentações no mundo do crime e da música.
A colaboração, ainda em negociação, marcaria o encontro de duas trajetórias marcadas por heranças pesadas. Marcola, preso desde 1999, é o líder histórico do PCC e acumula mais de 300 anos de condenações por homicídio, tráfico de drogas e outros crimes. Já Marcinho VP está detido desde 1996 e é apontado como uma das principais lideranças do Comando Vermelho, facção com forte atuação no Rio de Janeiro.
A aproximação entre os filhos desses líderes ocorre num momento delicado. Nos bastidores do sistema penitenciário federal, circulam desde o início do ano novos rumores de uma trégua entre PCC e CV — alianças que, ainda que negadas oficialmente, já deixaram rastros em documentos da inteligência federal e em mensagens interceptadas ao longo da última década.
Relação Oruam e Lucas Camacho
No entanto, em meio a essa complexa rede de informações, códigos e versões oficiais, a música surge como linguagem simbólica de poder e território. O universo do trap tem servido, nos últimos anos, como canal de expressão de jovens de comunidades marginalizadas — mas também como instrumento de fortalecimento estético de certas figuras ligadas ao crime.
Oruam já é conhecido no cenário nacional por letras que abordam, com sutilezas e metáforas, a vivência nas favelas e os dilemas da vida no “corre”. Lucas Camacho, embora mais novo, almeja um espaço nesse mundo com composições.
A publicação de Oruam com Lucas, ainda que sem menções explícitas às facções, foi interpretada por muitos como um gesto de aproximação entre os dois mundos. “RJ SP” tornou-se mais do que uma referência geográfica: é um símbolo da possível união entre dois impérios do submundo.
Desde a ruptura formal entre o PCC e o CV, por volta de 2016, uma violenta disputa por território e hegemonia assolou presídios e comunidades do Norte e Nordeste do país. Massacres, como os ocorridos no Amazonas e em Roraima, foram atribuídos a essa guerra.
No entanto, nos últimos anos, uma nova lógica parece emergir: a do lucro acima da guerra. Investigações mostram que líderes de ambas as facções passaram a priorizar a expansão financeira e a internacionalização do tráfico, reduzindo os conflitos armados para manter a ordem nas ruas e nos presídios.
com informações via aTarde
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