MST aumenta pressão por avanços na reforma agrária e pede R$ 1 bilhão ao Governo Federal
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MST aumenta pressão por avanços na reforma agrária e pede R$ 1 bilhão ao Governo Federal

10/05/2025 | 10:44 Por redacao mz

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) tem intensificado suas mobilizações para cobrar do governo federal um ritmo mais acelerado na condução da reforma agrária. Mesmo após um encontro simbólico entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e lideranças do movimento em março, no assentamento de Campo do Meio (MG), a insatisfação persiste. Márcio Santos, dirigente nacional do MST, afirmou que mais de 120 mil famílias seguem vivendo em acampamentos pelo país e alertou para a lentidão no processo de assentamento. “Não estamos contentes com a velocidade da reforma agrária em nosso país. Precisamos acelerar. Frisamos a todo momento”, reforçou.

Durante a Jornada Nacional da Reforma Agrária, realizada no Parque da Água Branca, em São Paulo, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, foi diretamente cobrado por integrantes do movimento. Em resposta, Teixeira destacou avanços: até abril, 15 mil escrituras foram entregues, e a meta é alcançar 30 mil até o fim do ano — o que, segundo ele, representaria um marco histórico na política fundiária brasileira.

O ministro ressaltou que a gestão Lula tem apostado fortemente na reestruturação da reforma agrária, com a recriação do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e a retomada do papel central de órgãos como o Incra e a Conab. Somado a isso, o governo destinou R$ 1 bilhão para as ações de reforma agrária e um valor semelhante para o fortalecimento do programa de aquisição de alimentos da agricultura familiar.

Teixeira também fez críticas ao atual modelo de destinação de emendas parlamentares, afirmando que essa dinâmica enfraquece a capacidade do Executivo de executar políticas públicas estruturantes. Segundo ele, esse modelo fragmenta recursos e prejudica áreas estratégicas como a reforma agrária.

O ministro ainda antecipou que planeja acompanhar o presidente Lula em visitas a novos assentamentos organizados pelo MST em 2025, como forma de reforçar o comprometimento do governo com a melhoria das condições de vida no campo e o acesso à terra para milhares de famílias.