A Justiça Eleitoral determinou a cassação dos mandatos do prefeito de Pontal do Paraná, Rudisney Gimenes Filho (MDB) — conhecido como Rudão Gimenes —, da vice-prefeita Patricia Millo Marcomini (PSD) e do suplente de vereador Ezequiel Tavares Alves (PSD). A decisão foi proferida pelo juiz eleitoral Ricardo José Lopes, que também decretou a inelegibilidade dos três políticos até 2032.
De acordo com a sentença, os réus teriam promovido um churrasco durante a campanha de 2024, ocasião em que foram distribuídos canos de PVC à comunidade em troca de apoio eleitoral. Embora todos os envolvidos negarem as acusações, o magistrado entendeu que houve abuso de poder político e econômico.
O caso teve origem em uma denúncia feita ao Ministério Público Eleitoral, com base no depoimento de uma testemunha que relatou a realização de um evento em um balneário da cidade. Segundo ela, a comunidade local — que pleiteava melhorias na rede de esgoto — teria recebido os canos necessários após contato com Ezequiel Tavares, então candidato a vereador.
Ainda segundo o MP, no mesmo evento, além do fornecimento de materiais, houve pedido explícito de votos e distribuição de panfletos, com a presença confirmada de Rudão Gimenes.
Apesar da cassação, os três permanecem em seus cargos até que não haja mais possibilidade de recurso, já que a decisão ainda não transitou em julgado.
Defesa
Em nota, o advogado Raul Siqueira, que representa o prefeito e a vice-prefeita, afirmou que irá tomar todas as medidas legais cabíveis e demonstrou confiança na reversão da decisão nas instâncias superiores.
Já o advogado Antônio Carlos Brustolin Jr., que defende Ezequiel Tavares, adiantou que irá apresentar embargos de declaração, argumentando que a decisão judicial foi contraditória em relação às provas constantes no processo.