Um casal de empresários, donos de uma clínica de reabilitação , chamada “Só por hoje” foram indiciados por homicídio qualificado e outros crimes sobre a morte de Ricardo de Oliveira Osinski, de 40 anos, encontrado morto em 26 de março deste ano, próximo à estrada do Alagado. A Polícia Civil do Paraná, por meio do Setor de Homicídios da 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa, concluiu, no sábado (21), as investigações deste crime.
As investigações duraram três meses e revelaram complexo esquema criminoso envolvendo apropriação de recursos financeiros, cárcere privado e homicídio. A vítima realizava tratamento para dependência de álcool na clínica terapêutica administrada pelo casal.
Além do casal, um ex-interno da clínica, de 25 anos, que posteriormente passou a residir com o casal, teria participado do crime. Eles foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado (art. 121, §2º, incisos I, III, IV e V do Código Penal), cárcere privado (art. 148 do Código Penal), furto qualificado (art. 155, §4º, inciso II do Código Penal) e associação criminosa (art. 288 do Código Penal). O somatório das penas máximas previstas para os crimes pode chegar a 45 anos de reclusão.
As investigações revelaram um elaborado esquema criminoso, que teve início no dia 11 de março, após a vítima sofrer acidente em uma pousada.
Os suspeitos mantinham a vítima em cárcere privado após alta hospitalar, administraram medicamentos controlados sem prescrição médica para mantê-lo sedado e apropriaram-se sistematicamente de recursos financeiros.
A investigação apontou que foram subtraídos R$ 143.645,75 das contas bancárias de Osinski. O homicídio foi ordenado e executado quando a descoberta dos desvios financeiros tornou-se iminente.
A Polícia Civil conseguiu implementar importantes medidas patrimoniais durante as investigações, bloqueando R$ 46.935,81 nas contas da vítima, impedindo que fossem subtraídos pelos criminosos, além de bloquear o montante de R$ 31.065,34 nas contas do casal e da clínica de reabilitação.
Os três indiciados encontram-se custodiados na Cadeia Pública Hildebrando de Souza, em Ponta Grossa.