Na quarta-feira (13), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou, por meio das redes sociais, a revogação de vistos de membros do governo brasileiro e ex-funcionários da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) envolvidos no programa Mais Médicos. A medida atinge, segundo ele, “cúmplices do esquema de exportação de trabalho forçado do regime cubano” sob o disfarce de missões médicas internacionais.
O Departamento de Estado já retirou os vistos de Mozart Julio Tabosa Sales e de Alberto Kleiman — atual coordenador-geral da COP30 —, ambos ex-integrantes do Ministério da Saúde na época da execução do programa. Rubio classificou o Mais Médicos como um “golpe diplomático inconcebível” e reforçou que as sanções se estendem também a ex-funcionários da OPAS.
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) comentou o caso nas redes sociais, afirmando que “nem ministros, nem burocratas dos escalões inferiores, nem seus familiares estão imunes” e que, mais cedo ou mais tarde, “todos os que contribuírem para sustentar esses regimes responderão pelo que fizeram — e não haverá lugar para se esconder”.
Rubio já havia anunciado em fevereiro deste ano a ampliação das sanções de visto para autoridades cubanas e de outros países que participam do envio de médicos cubanos ao exterior. Segundo o secretário, tais missões configuram formas de exploração e trabalho forçado, além de gerar recursos para o regime de Havana enquanto a população cubana permanece com acesso precário a serviços básicos de saúde.