Câmara vota nesta quarta urgência para projeto que pode anistiar patriotas presos após 8 de janeiro
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Câmara vota nesta quarta urgência para projeto que pode anistiar patriotas presos após 8 de janeiro

17/09/2025 | 14:25 Por Redação MZ

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), confirmou que irá pautar nesta quarta-feira (17) o requerimento de urgência para o projeto de anistia aos presos e investigados pelos atos de 8 de janeiro de 2023. A proposta busca reparar o que apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) consideram uma série de injustiças contra manifestantes que protestavam contra os rumos do país.

 

A votação do requerimento é considerada decisiva para que o projeto avance com mais rapidez no Congresso. Se aprovado, o texto poderá ser analisado diretamente no plenário, sem passar pelas comissões. Para isso, são necessários ao menos 257 votos favoráveis.

 

Parlamentares da oposição, que defendem o projeto, vêm pressionando para que a anistia também contemple o ex-presidente Bolsonaro, alvo de uma série de investigações e acusações que seus aliados classificam como perseguição política. A base governista, por sua vez, resiste e tenta barrar qualquer articulação nesse sentido.

 

A mobilização em torno da pauta cresceu nas últimas semanas, impulsionada por denúncias de abusos cometidos contra presos do 8 de janeiro, muitos dos quais seguem detidos há mais de um ano sem julgamento definitivo. Familiares e apoiadores têm feito vigílias, caravanas e atos públicos pedindo justiça e liberdade para o que chamam de “presos políticos”.

 

O projeto de anistia vem sendo tratado como uma reparação necessária diante de medidas consideradas desproporcionais por parte do Judiciário e do governo federal. Para deputados bolsonaristas, a aprovação da urgência é apenas o primeiro passo para corrigir o que chamam de excessos cometidos em nome do combate ao extremismo.

 

A votação promete ser acirrada e pode expor novamente a divisão política no Congresso. O tema segue sendo acompanhado de perto por movimentos conservadores e pela base eleitoral de Bolsonaro, que cobra da Câmara uma resposta firme em defesa dos direitos dos manifestantes.