Subiu para 24 o número de mortos durante a megaoperação deflagrada nesta terça-feira (28) pelas forças de segurança do Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho (CV). Entre as vítimas estão dois policiais civis e dois agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope). Mais de 80 pessoas foram presas até o momento.
Considerada a maior ação policial da história do estado, a operação — batizada de Operação Contenção — mobilizou cerca de 2,5 mil agentes da Polícia Civil e da Polícia Militar. As equipes atuaram nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
De acordo com as autoridades, os confrontos começaram quando criminosos reagiram à entrada das forças de segurança com tiros, barricadas em chamas e até explosivos lançados por drones. O balanço inicial apontava cinco mortos, mas o número aumentou conforme as equipes avançaram nas comunidades.
Além dos mortos, várias pessoas ficaram feridas, entre elas civis que não tinham relação com o confronto. Um homem em situação de rua foi baleado nas costas, uma mulher foi atingida dentro de uma academia e um trabalhador de um ferro-velho também foi ferido.
Durante a ação, foram apreendidos 10 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas. Entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, apontado como operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Urso, um dos líderes do Comando Vermelho.
O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, afirmou que a operação foi planejada por mais de um ano e é resultado de investigações da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), com apoio do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ). Segundo ele, cerca de 280 mil pessoas vivem nas áreas afetadas.
“Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada e que vai continuar”, disse o secretário.
A Operação Contenção faz parte de uma estratégia permanente de enfrentamento ao crime organizado e busca conter o avanço do Comando Vermelho por territórios fluminenses. Helicópteros, blindados e equipes médicas seguem mobilizados para dar suporte às forças de segurança.





