A Corte de Apelação de Roma marcou para o dia 27 de novembro a audiência que vai analisar o pedido de extradição da deputada licenciada Carla Zambelli, presa na Itália desde julho. Será a primeira decisão sobre o pedido do Brasil para que a parlamentar seja enviada de volta ao país.
Na audiência, o representante do Ministério Público italiano se manifestará primeiro, seguido pelo representante do Brasil e pela defesa de Zambelli, que deve reforçar a tese de perseguição política. A deputada poderá se manifestar se desejar. A decisão caberá aos juízes, mas ambas as partes poderão recorrer. O Ministério Público italiano já declarou ser favorável à extradição, afirmando que estão cumpridos todos os requisitos legais.
O caso se refere a denúncias aceitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em junho, tornando Zambelli e o hacker Walter Delgatti Neto réus. A Procuradoria-Geral da República acusa a deputada de envolvimento em invasão de sistemas judiciais e falsificação de documentos oficiais entre fevereiro e maio de 2025. Segundo a denúncia, Zambelli teria recrutado Delgatti e oferecido vantagens para deslegitimar o Poder Judiciário e obter ganhos políticos, envolvendo a adulteração de credenciais, acesso indevido a sistemas sigilosos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e criação de documentos falsos, incluindo um mandado de prisão e uma ordem de bloqueio de R$ 22,9 milhões supostamente ao ministro Alexandre de Moraes.





