Mães denunciam precariedade e abandono na Aproaut em PG
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Mães denunciam precariedade e abandono na Aproaut em PG

25/11/2025 | 10:23 Por Redação MZ

Um grupo de mães que utiliza os serviços da Aproaut (Associação de Proteção dos Autistas), em Ponta Grossa, afirma estar enfrentando condições consideradas “desumanas” dentro da instituição. Elas relatam falta de estrutura básica, sujeira, manutenção inadequada e um tratamento que classificam como descaso.

De acordo com os relatos ao Portal MZ Notícia, ambientes utilizados pelas famílias estariam desorganizados e acumulando materiais de obra há mais de um mês. Mesmo com a promessa de melhorias, como a construção de um banheiro para as mães, nada teria sido concluído.

“Eles falam que essa bagunça é pra fazer o banheiro das mães. Mas já faz mais de um mês e as mães não têm nem banheiro, não têm café, não têm água. Tem mãe que vem de longe, chega sem almoçar, e não tem nada. Parece que querem excluir a gente”, desabafou uma das mães.

Elas afirmam ainda que muitas responsáveis pensam em retirar os filhos da instituição diante das condições encontradas.

Denúncia e falta de resposta

As responsáveis também alegam dificuldade em conseguir apoio de órgãos públicos. Uma mãe contou que tentou orientação e denúncia sobre outras situações envolvendo menores, mas não obteve retorno satisfatório.

“A gente pede socorro pra quem? Se nem a delegacia dá atenção? Parece que ninguém leva a sério.”

O grupo cobra um posicionamento firme das autoridades e fiscalização imediata. Segundo elas, a situação tem afetado diretamente o atendimento e a dignidade das famílias.

 

Fundada em 1996, a Aproaut é considerada uma das principais referências no atendimento a pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) nos Campos Gerais. A instituição oferece terapias, atendimento clínico e pedagógico, e chegou a atender cerca de 120 pessoas em 2018. Por ser filantrópica, depende de doações e ações solidárias para manter suas atividades.

Cobrança por melhorias

As mães afirmam que reconhecem a importância do trabalho realizado pela entidade, mas defendem que a condição atual exige intervenção urgente.

“A gente não quer briga. Quer respeito, estrutura e cuidado. Nossos filhos merecem.”

Elas pedem melhorias imediatas na infraestrutura, mais transparência e acompanhamento do poder público.

Até o momento, não houve posicionamento oficial da Aproaut sobre as denúncias.