A Polícia Civil do Paraná confirmou que o motorista Everton Henrique dos Santos, de Ponta Grossa, foi assassinado por engano durante uma ação criminosa ocorrida em 1º de setembro de 2024. A conclusão integra as investigações que deram origem à Operação “Coordenada Falsa”, deflagrada na manhã desta terça-feira (2), quando 13 mandados judiciais foram cumpridos em cidades do Paraná e de Santa Catarina.

De acordo com a corporação, o crime foi planejado a partir de informações obtidas de forma indevida, supostamente por um advogado investigado no caso. Ele teria acessado sistemas restritos e coletado dados de monitoramento eletrônico para indicar ao grupo criminoso o endereço de um rival. No entanto, segundo a polícia, o profissional teria informado o número errado do imóvel, levando os executores a invadir a casa equivocada.

Everton, que dormia ao lado da família, foi surpreendido por criminosos armados, que arrombaram a residência e efetuaram vários disparos. A vítima não tinha qualquer envolvimento com atividades ilícitas, conforme reiterado pela Polícia Civil.

A operação desta terça-feira cumpre sete mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão, com o objetivo de desmontar toda a estrutura da associação criminosa — desde mandantes e articuladores até os responsáveis por fornecer armas e apoio logístico. As diligências contaram com o apoio da polícia catarinense, já que alguns dos investigados estavam foragidos no estado vizinho. A investigação apontou ainda que dois suspeitos já haviam morrido durante o período das apurações.

Os detidos serão interrogados nos próximos dias, e a Polícia Civil informou que o inquérito deve ser concluído dentro do prazo legal. A 13ª Subdivisão Policial reforçou que todos os envolvidos vivos na ação criminosa serão responsabilizados pela morte de Everton, vítima de um ataque premeditado que ocorreu por erro de identificação, segundo as investigações.