Alep discute estratégias para combater a violência política contra mulheres
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Alep discute estratégias para combater a violência política contra mulheres

19/06/2024 | 20:45 Por Redação Modificado em 19, junho, 2024 8:00

A Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) debateu na última terça-feira (18) medidas para prevenir e combater a violência de gênero e raça na política. O encontro, organizado pela Bancada Feminina da Alep e liderado pela deputada Mabel Canto (PSDB), aconteceu em parceria com o Fórum Paranaense de Instância de Mulheres de Partidos Políticos e atraiu um grande público ao Auditório Legislativo. O foco principal foi a ampliação da participação feminina em cargos públicos e a solidariedade entre mulheres.

Mabel Canto enfatizou que, apesar de representarem mais da metade do eleitorado brasileiro, as mulheres continuam sub-representadas nos cargos eletivos e enfrentam violência política, o que desestimula sua participação em eleições. Dos 54 assentos na Alep, apenas dez são ocupados por mulheres. A deputada destacou a importância da Bancada Feminina, formalizada pela resolução 11/2022, que garante a presença feminina em cargos de direção na Mesa Diretora da Assembleia. “Essa é uma luta de todas”, afirmou Mabel.

A professora Ana Cláudia Santano, do Observatório de Violência Política Contra a Mulher, alertou para o ambiente predominantemente masculino e hostil da política, que perpetua a violência física e verbal contra as mulheres. Ela ressaltou a importância de unir esforços para transformar essa realidade e compartilhou o trabalho do Observatório, que monitora e combate a violência política em diferentes estágios, desde a candidatura até a atuação parlamentar. Santano também destacou a colaboração com organizações como a Transparência Eleitoral Brasil e o Grupo LiderA – IDP.

Maria Ezi Neta, coordenadora do Fórum Paranaense de Instância de Mulheres de Partidos Políticos, e a deputada Cloara Pinheiro (PSD), procuradora da Mulher na Alep, enfatizaram a necessidade de sororidade e de ações concretas para enfrentar a violência de gênero. Cloara Pinheiro celebrou a expansão da Procuradoria Especial da Mulher, que agora conecta 161 procuradorias municipais no estado.

A desembargadora Ana Lúcia Lourenço, coordenadora da CEVID, também participou do evento, frisando a importância de dar voz às mulheres e promover apoio às comunidades marginalizadas. Ela reforçou a necessidade de uma mudança cultural profunda e de práticas diárias de sororidade. O delegado Algacir Mikalovoski, da Polícia Federal, destacou a responsabilidade das autoridades em garantir a igualdade e combater a violência política contra mulheres. Diversas lideranças e representantes de instituições também contribuíram para o debate, abordando legislações e práticas para enfrentar esse desafio persistente.

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