Argentina emitirá notas de 20 mil e 50 mil pesos, anuncia Milei
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Argentina emitirá notas de 20 mil e 50 mil pesos, anuncia Milei

27/12/2023 | 15:53 Por Redação MZ

O presidente da Argentina, Javier Milei, confirmou nesta quarta-feira (27) que serão emitidas notas de 20 mil (R$ 119) e 50 mil pesos (R$ 299) para facilitar as transações em dinheiro vivo, em um momento em que a inflação tem levado à necessidade de um número de notas cada vez mais alto para fazer qualquer tipo de compra.   Atualmente, a nota mais alta do país é a de dois mil pesos (R$ 12).  

“A questão das notas é uma tortura. Para fazer um pagamento em dinheiro é preciso andar por aí com maços de notas, é como andar com uma etiqueta na testa escrito ‘roube aqui’”, disse Milei.  “Entendo que os kirchneristas usassem esse truque para desacelerar a circulação do dinheiro, mas nós fechamos a torneira do dinheiro tanto no Banco Central quanto no Tesouro”, afirma Milei. 

Recentemente, ele anunciou também que irá assinar um decreto que não prorroga os contratos de ao menos 7.000 funcionários públicos que foram contratados em janeiro. Os acordos vencem agora, em 31 de dezembro.

Segundo a imprensa local, o encerramento dos contratos deve ocorrer já nesta terça-feira (26). O número exato de desligamentos ainda é incerto, já que a medida pode atingir servidores da Casa Rosada e administração direta, e também dos órgãos descentralizados, empresas públicas, sociedades anônimas com participação majoritária do Estado, como a petroleira YPF e também os contratos terceirizados com validade até o último dia deste ano.

Na prática, a não-renovação dos contratos era uma medida já anunciada pelo ministro da Economia, Luis Caputo, mas ficou “em compasso de espera” até uma avaliação mais concreta do chefe de gabinete, Nicolás Posse.

Após a medida, o governo afirma que vai fazer uma auditoria sobre o tamanho total do funcionalismo público argentino.

Se algum órgão tentar “segurar” a demissão de um funcionário, precisa justificar para o governo o motivo e prorrogar o contrato por apenas mais 90 dias corridos.

Fontes argentinas afirmam que funcionários trans e com deficiência contratados no último ano não serão dispensados, assim como aqueles funcionários que estão desde antes de 2023 trabalhando no governo, como parte de um processo iniciado pelo ex-presidente Alberto Fernández.

Austeridade

 Há ainda uma expectativa do anúncio da redução do salário dos altos funcionários do governo argentino. Ainda conforme o “Clarín”, fala-se em um congelamento de vencimentos e redução de até 15% em alguns dos cargos. Também nesta semana, deve ser encaminhado ao Congresso o pacote de medidas criado pelo Executivo para que seja discutida durante as sessões extraordinárias convocadas por Milei entre os dias 26 de dezembro e 31 de janeiro.

Entre outros pontos, o governo busca restabelecer as escalas do Imposto de Renda que existiam antes das modificações promovidas pelo então candidato e ministro da Economia, Sergio Massa. Além disso, será incluída a eliminação da fórmula de mobilidade na aposentadoria para substituí-la, até que se consiga um esquema melhor e definitivo, com uma série de aumentos por decreto.

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