Os ex-sargentos da Polícia Militar, Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro pelos homicídios da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, assassinados em 14 de março de 2018. Lessa, acusado de ser o atirador, foi sentenciado a 78 anos e 9 meses de prisão, enquanto Queiroz, que dirigia o carro no momento do crime, recebeu pena de 59 anos e 8 meses. Os dois ex-policiais também deverão pagar uma indenização de R$ 706 mil, como compensação por danos morais, às famílias das vítimas.
O julgamento durou dois dias, iniciado na quarta-feira (30) e concluído nesta quinta-feira (31), com ambos os acusados acompanhando as sessões remotamente, a partir dos presídios onde estão detidos. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Lessa planejava eliminar todos os ocupantes do veículo em que Marielle estava, com o objetivo de não deixar testemunhas que pudessem identificá-lo.
As defesas dos ex-sargentos argumentaram por penas que refletissem apenas as ações individuais de cada um, com a advogada de Queiroz ressaltando que seu cliente não tinha conhecimento de que Marielle Franco era o alvo e soube disso somente no momento do crime.
O caso de Marielle Franco, que gerou grande mobilização em defesa dos direitos humanos, ainda segue em busca de respostas sobre os possíveis mandantes, uma questão que mobiliza a sociedade e desafia o sistema de Justiça brasileiro.
Com informações: CNN Brasil Foto: Nunah Alle/Mídia NINJA/Flickr