O bispo Bruno Leonardo, conhecido por liderar a Igreja Batista Avivamento Mundial e acumular uma das maiores audiências religiosas nas redes, se tornou o centro de uma polêmica envolvendo possíveis fraudes digitais. Ele é dono do segundo maior canal brasileiro no YouTube, com mais de 59 milhões de inscritos, mas agora enfrenta acusações de manipulação para inflar sua base de seguidores.
As denúncias ganharam força após o humorista Jonathan Nemer divulgar um vídeo afirmando que havia sido inscrito automaticamente no canal do religioso, mesmo sem nunca ter acessado ou interagido com o conteúdo. O relato viralizou e despertou uma onda de depoimentos semelhantes: internautas relatam que descobriram estarem inscritos no canal sem qualquer ação voluntária.
A repercussão fez com que influenciadores e criadores de conteúdo se posicionassem. Felipe Neto foi um dos mais críticos: “Paga para impulsionar o próprio conteúdo e chantageia emocionalmente, usando a fé para ganhar inscrito”, disparou. Outros chegaram a sugerir que o crescimento do canal pode ter ocorrido por meio de práticas consideradas ilegais.
Apesar das críticas, Bruno Leonardo nega qualquer irregularidade. Por meio de nota divulgada em seu site, o bispo afirmou que jamais alterou o canal desde sua criação e reforçou que a própria plataforma do YouTube o reconheceu oficialmente ao premiá-lo pela marca de 50 milhões de inscritos. Ele também destacou que continua publicando mensagens diárias e que o sucesso do canal é resultado da fé e da dedicação ao conteúdo religioso.
Dados da plataforma Social Blade, que monitora o desempenho de criadores digitais, confirmam que Bruno Leonardo ocupa atualmente o segundo lugar entre os canais mais seguidos do Brasil. Seus vídeos, que misturam mensagens espirituais e reflexões, frequentemente ultrapassam milhões de visualizações.
A discussão, no entanto, segue acalorada entre os usuários. Enquanto parte do público questiona a legitimidade dos números, outros defendem o bispo, alegando perseguição religiosa e preconceito com o sucesso de líderes evangélicos na internet. O YouTube ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias.