Casal é investigado por causar prejuízo de R$ 646,6 mil a vítimas a partir da comercialização irregular de imóveis no PR
Paraná Policial

Casal é investigado por causar prejuízo de R$ 646,6 mil a vítimas a partir da comercialização irregular de imóveis no PR

11/12/2025 | 13:46 Por Redação MZ

O Ministério Público do Paraná, por meio da 10ª Promotoria de Justiça de Guarapuava, no Centro Sul do estado, ofereceu denúncia contra um casal acusado da prática de 25 crimes de estelionato qualificado por fraude eletrônica.

Os ilícitos teriam sido praticados entre janeiro de 2024 e maio de 2025 e causado um prejuízo estimado às vítimas no montante de R$ 646.659,00. As investigações sobre os fatos revelaram um esquema estruturado e reiterado de fraudes na venda de imóveis urbanos por parte dos denunciados, que são proprietários de duas empresas, uma imobiliária e uma construtora.

Para a prática dos crimes, os denunciados atuavam para a atração das vítimas por meio de anúncios em redes sociais ou pela indicação de outros clientes, que, na época, não tinham ciência das fraudes.

Ao iniciarem contato com a imobiliária de propriedade dos denunciados, as vítimas eram encaminhadas a vendedores e corretores que, sob orientação direta dos acusados, apresentavam terrenos de interesse, mesmo que a propriedade não pertencesse à imobiliária. O objetivo era a consumação do negócio e o recebimento do valor da entrada.

O esquema também previa a realização de simulações de financiamentos junto à Caixa Econômica Federal e a promessa de entradas facilitadas, atraindo muitos clientes que não possuíam o aporte financeiro inicial necessário.

Em seguida, os réus atuavam na fase contratual, celebrando os ajustes diretamente com as vítimas e prometendo prazos e serviços com efetividade, induzindo-as em erro, com a promessa da casa própria e, assim, consumando o contrato e obtendo a indevida vantagem patrimonial. Posteriormente, expirado o prazo prometido, as vítimas constatavam a ausência de construção ou a irregularidade dos lotes, o que as levava a questionar os proprietários, recebendo respostas infundadas e reconhecendo a fraude.

As duas empresas de propriedade dos denunciados foram interditadas pelo Procon de Guarapuava. O homem está preso preventivamente e a mulher em prisão domiciliar